terça-feira, 3 de julho de 2012

Figuras de Linguagem do Amor



Toc-toc. Eis que alguém bate à porta de meu coração.
Quem seria a uma hora dessas? Num clima desses? Seria alguém procurando abrigo?
O céu está apagado, cinza, triste, morto. Tudo parece triste.
Quem seria a essa hora?

Abri para alguém, alguém frágil apesar de aparentar certa força.
Alguém fortemente frágil, se é que isso é possível.
Tinha olhos grandes, negros e brilhantes, lindos olhos.
Deixei entrar. Abrigo, lhe ofereci.

E aquele alguém que até então era desconhecido, íntimo se tornou.
E meu coração que estava vazio tal como um palco de teatro quando a peça termina,
Agora tinha um espetáculo novo em cartaz.
Coração sortudo.

Boom! Foi como uma explosão e saiu de mim, o coração.
Agora colorido com cores cintilantes que cintilavam sem parar.
E até o céu que estava triste também pôs-se a cintilar. Colorido.
Doce aroma de sua voz.

Sinestesia. Meus sentidos confusos. Tato, olfato, paladar, todos juntos, embaralhados.
Antítese de amor. Dor de amor que não dói. Choro de felicidade.
Eufemismo. Não, o amor não é eufêmico. Amor é hipérbole, sempre.
Estou morrendo de amor.

Bang! Bang! Me acertou em cheio. Me acrescentou, me completou, me dominou.
Coração não consegue parar de sorrir, de orelha a orelha.
E agora bebe no mínimo um copo de amor por dia, cheio.
Coração habitado.

Figuras de amor. Amor seu.

0 comentários:

Postar um comentário

 
;