sexta-feira, 29 de junho de 2012 2 comentários

455 dias até aqui.


   E de repente, eu estava em casa. Eu sentia que ali era o meu lugar e que eu finalmente havia me encontrado. Nenhum outro lugar no mundo havia me acolhido tão bem quanto aquele. E não, não estou falando do lugar em si, estou falando das pessoas que faziam parte dele. Falo das coisas que aprendi, das dificuldades que superei, das experiências que tive e das risadas que dei. Mas falo, principalmente, das pessoas que aprendi a amar e respeitar independentemente de qualquer coisa.
   Já andei por alguns caminhos, gostei de algumas pessoas, sorri para outras e cresci muito. Já vi coisas incríveis, já vivi dias inesquecíveis mas o que aconteceu enquanto eu estava LÁ foi único. Cada gargalhada, cada abraço, cada amigo que fiz... Tudo vai ficar guardado em mim, marcado para sempre tal como uma tatuagem, porque agora chegou a hora...
   É, o tempo passou e agora devemos seguir caminhos diferentes, vamos viver coisas diferentes. Eu vou, mas vou com o coração apertado, um nó na garganta, uma imensa vontade de chorar e já sentindo saudade. Eu vou... Mas vou com a certeza de que sempre vou ter em mim um pouco de LÁ, um pouco DELES. Não, não estou vendo isso como fim e sim como um outro começo. E quanto a ELES, sei que os verei menos, sei que talvez eu nunca mais encontre alguns mas também sei que eles sempre serão um pedaço meu porque eles, bem, eles foram a minha família.
domingo, 24 de junho de 2012 1 comentários

Carta Aberta À Sociedade


   Resolvi divulgar o que você lerá agora por pura vontade de expressar minha opinião. Como a mim foi concedido o poder da escrita, eu farei por este meio. Este texto que agora chamo de carta é resultado de tudo que acredito, de todos os ideais que formei durante meus poucos anos de vida. Primeiramente tenho algumas perguntas a fazer: Quem é você? Como você se identifica? No que você acredita? Você é branco ou negro? Pobre ou rico? Ateu ou cristão? Você é preconceituoso ou não? QUEM É VOCÊ?
   Somos basicamente resultado de muitos fatores, sejam eles culturais, econômicos, sociais ou outros e é justamente aí que eu queria chegar. O que faz as pessoas pensarem que cada fator desse nos torna melhor ou pior que o outro? O que te faz pensar que você, pessoa rica e bem sucedida, é melhor que o gari que limpa sua rua? E você, evangélico e servo de Deus, você realmente pensa que é melhor que o seu irmão ateu? O que leva uma pessoa a criar tais barreiras em relação ao outro? A cultura? Ou isso tudo é pura obra da ignorância?
   Minha carta é destinada à essa sociedade que julga e segrega pessoas baseando-se nas suas preferências, classe social, grau de escolaridade, cor de pele, religião, aparência... Minha carta é destinada à hipocrisia, à ignorância e à intolerância. Ela vai para o pai que acha um absurdo a filha amar uma outra garota mas, que sempre adorou ver duas mulheres se beijando. Vai para a mãe que a-do-ra aquele gay da novela das 9, mas que não suportaria a ideia de ter um filho namorando outro rapaz. Quanta hipocrisia, não? Esta carta vai para quem acha que todo ateu é "perdido". Vai para a loirinha que diz não suportar negros mas mora num país como o Brasil, resultado de uma grande mistura de cores e culturas. Carta que também vai para você, que independente de qualquer fator é IGUAL a mim. Porque você, assim como eu, é um ser humano e só, que precisa ser respeitado, mas que para isso também precisa aprender a respeitar.
   Penso que, talvez a sociedade para a qual dedico esta carta não esteja pronta para gente como eu, que se contenta em ver as pessoas apenas como PESSOAS. Você é judeu? Ok, para mim você é um ser humano, tal como eu. É cigano? Gosta de funk? Não sabe ler e nem escrever? Ser humano, ser humano e ser humano, apenas. A ignorância me irrita, a intolerância me enoja e o preconceito me mata, porque eu simplesmente não sei ser condizente com certas coisas. E é justamente por isso que escrevi isto aqui, para mostrar que enquanto de um lado alguns apontam o dedo, de outro pessoas se sentem mal, se excluem e às vezes, até se matam... A verdade é essa. Nessa busca por aceitação, nesse julgamento constante, alguns perecem e eu não sei vocês, mas para mim isso é inaceitável.

   Então, querida sociedade, creio que o mínimo que pode fazer é respeitar o seu semelhante. E sei  também que posso parecer utópica demais, mas acredito ainda há tempo de se colocar no lugar do outro, de se policiar para não ser estúpido e de ver as pessoas por trás dos rótulos. Venho apenas reivindicar o direito que as pessoas devem ter de serem elas mesmas, será que é pedir muito? Ah, e sociedade, quero que saiba que eu estarei aqui, fazendo a minha parte e esperando que você faça a sua.
   Aguardarei ansiosamente por resultados positivos.
segunda-feira, 18 de junho de 2012 0 comentários

Happiness hit her.

                                             "The dog days are over, the dog days are done."

    Estou tão feliz que quero que todo mundo saiba. Me sinto bem, não só com o mundo, mas comigo mesma e essa é uma grande conquista. Há muito tempo eu não me via assim, tão leve, livre, solta e em paz de espiríto. A paz de espírito é a minha maior vitória, eu diria, pois não há sentimento melhor. Tenho me libertado de minhas inseguranças mais íntimas, de meus medos mais banais (mas que ainda assim me atormentavam). Me sinto tão eu mesma que tenho tido medo de me afogar na essência do meu ser, de me afundar na imensidão que sou e que eu sequer conhecia.
    A felicidade me acertou em cheio, veio com tudo e eu fui pega, não pude evitar e nem queria. E eu que me via sem algo para me agarrar, em seguida me percebi com o mundo inteiro nas mãos. Nada faz tão bem quanto isso, nada preenche tanto a alma. Hoje eu posso dizer com todas as palavras que estou verdadeiramente feliz e esse sentimento é o melhor que existe.
terça-feira, 12 de junho de 2012 0 comentários

Desire.




   Tenho desejado demais. Tenho sido preenchida por um desejo constante, insaciável. Desejo seus olhos estacionados nos meus, desejo suas mãos afagando as minhas, seus lábios amaciando meus lábios. Desejo seu coração batendo no mesmo ritmo que o meu, desejo seu sorriso formando o meu sorriso. Desejo dias de sol na areia da praia, dias de frio debaixo do cobertor, vento no rosto e flores no cabelo. Desejo momentos inesquecíveis, madrugadas intermináveis e alegria infinita. Desejo rosto com rosto, abraço apertado, beijo roubado, noite de paixão.
   Desejo você. Desejo nós. Aqui. Agora. Depois. Sempre. O tempo todo. Sem parar.

sábado, 9 de junho de 2012 2 comentários

Titanium


"You shoot me down but I won't fall, I am titanium."

    Quem nunca se sentiu fraco pelo menos uma vez na vida? Quem nunca achou que não conseguiria dar a volta por cima? Pois é, eu já. Mas é engraçado como certas coisas te fazem encarar a vida de uma outra forma e te permitem até enxergar por ângulos diferentes dos habituais. Posso dizer que me sinto estranha, mas não de um jeito ruim, muito pelo contrário e, não acho que eu consiga explicar como funciona isso, mas posso dizer que é bom. Me sinto bem, tão bem que chega a sufocar e é como se centenas de fogos de artifício me preenchessem e estivessem prontos para sair, explodir pelo céu.
    Já fui boba, já me permiti ser enganada, já sofri, já chorei, já senti dor... Mas quer saber? Acho que finalmente chegou a minha hora de ser feliz e fazer as coisas boas acontecerem. Porque eu me levantei, saí do estado em que me encontrava e descobri que sou forte, que nada pode me parar. Eu sou de titânio, sou porque quero ser, porque posso ser. Porque sou resistente o bastante para me classificar assim, porque já caí o bastante para saber que sempre vou poder me reerguer.
    Tenho me sentido incrivelmente poderosa e radiante. Sim, eu estou radiante, radiando. É como se eu pudesse tudo, como se nada pudesse me parar, nada pudesse me machucar ou me atingir. E se você atirar, eu não vou cair porque eu sou de titânio.

domingo, 3 de junho de 2012 1 comentários

Insomnia. Sedative. Nightmare.

                            "Hello darkness, my old friend. I've come to talk with you again."


     Sinto dor. Não sei de onde ela vem, não sei onde dói mais. Tudo dói. Minhas lágrimas são ácidas e escorrem pelo rosto corroendo toda a pele, também sinto frio e um pouco de falta de ar. Não consigo me situar, nada aqui me parece familiar. Tudo que conheço é essa sensação sufocante, já a senti antes e não foi uma só vez. Tento apalpar coisas, me agarrar a algo e me firmar, mas não encontro nada seguro o suficiente aqui e estou sozinha, pelo visto. "Que droga!" é tudo que consigo dizer e pensar... Q-U-E D-R-O-G-A! Como eu vim parar nessa escuridão? E por que não consigo respirar direito? Por que meu peito dói e se mexe pouco, como se eu tivesse um bloco de concreto sobre o corpo? Que droga, não? Quero sair.
     Não consigo evitar o choro e queria parecer forte sempre, mas não. Eu não sei fingir nada direito, ou eu estou bem ou eu não estou, e se eu estiver fingindo qualquer um percebe. E que diferença faz? Não tem ninguém aqui mesmo, ninguém verá as minhas lágrimas, então não tenho com o que me preocupar. É escuro demais aqui, estou com medo e tudo que desejo é ver uma luz, qualquer luz e vinda de qualquer lugar, só preciso de algo pra iluminar. Preciso saber onde estou e com o que estou lidando.
    Fecho os olhos. Meu corpo pesa tanto que mal consigo mexer os braços e não sinto meus dedos. Outra lágrima percorre meu rosto e essa corroeu bem mais que as outras, eu senti. Que dor! Me imagino fazendo algo que gosto e então uma música começa a tocar dentro da minha cabeça. É, eu gosto dessa, só que ela é triste demais... Mas tudo bem, porque combina com a ocasião. Canto baixinho, quase aos sussurros.
    (...) Paro de lutar contra a escuridão porque agora eu me tornei parte dela.

Trilha: http://acarolpensou.blogspot.com.br/p/playlist.html
sexta-feira, 1 de junho de 2012 0 comentários

Controverso?


   
       Ela enxergou mas não viu. Ela escutou mas não ouviu. Ela se deu mas não se entregou. Ela leu mas não aprendeu. Ela estava presente mas não estava lá. Ela pensou mas não refletiu. Ela repousou mas não descansou. Ela se segurou mas não se agarrou. Ela gostou mas não amou. Ela existiu mas não viveu. Ela sorriu... Mas não estava feliz.
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Please, don't go away.



   Hoje eu estava pensando... Dizem que a gente só vê que gosta de alguém quando percebemos o medo que sentimos de perdê-la. Já senti isso algumas vezes, ainda sinto e provavelmente sempre irei sentir. Isso porque sempre estou gostando de alguém, de um jeito ou de outro, mesmo como amigo.
   Tenho muito medo de perder pessoas, medo incondicional e não estou exagerando. Por quê? Porque acho que já perdi bastante gente e pior, cada uma delas levou um pedaço de mim quando se foi. Então a cada pessoa que se vai da minha vida, algo meu vai junto e eu tenho medo de perder mais pedaços.
   A minha vontade é de dizer - "Oi, sei que pode parecer muito estranho, mas me sinto bem contigo e gosto de você. Então, por favor, não tire mais nada de mim. Pode ser?" - para cada pessoa que cativa algo em mim. Eu sei, isso assustaria muita gente e sei, sou meio insegura. Afinal, pra manter as borboletas é só cuidar do jardim, não é? E você pode dizer: "Pare de bobeira, quem gostar mesmo de ti nunca te deixará na mão." Só que disso eu não tenho tanta certeza, pois acho a estrada da vida tortuosa demais e, nessas condições nem sempre conseguimos ser firmes ao volante. Mas talvez eu esteja sendo apenas um pouco pessimista, mas acredite, tenho meus motivos.
   EU NÃO QUERO PERDER MAIS, EU QUERO GANHAR. Mas quão egoísta isso parece? Já vi muita gente se desfazer como poeira, já quis chorar por me sentir sozinha várias vezes. Mas não quero ser mais essa garota insegura, mas pra isso, eu preciso da segurança de alguém. Droga, perdi minhas palavras. Meu pensamento foi interrompido, não consigo mais dar continuidade a isso...
 


 Gosto de você. Por favor, não leve outro pedaço de mim.
 
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