domingo, 24 de junho de 2012
Carta Aberta À Sociedade
Resolvi divulgar o que você lerá agora por pura vontade de expressar minha opinião. Como a mim foi concedido o poder da escrita, eu farei por este meio. Este texto que agora chamo de carta é resultado de tudo que acredito, de todos os ideais que formei durante meus poucos anos de vida. Primeiramente tenho algumas perguntas a fazer: Quem é você? Como você se identifica? No que você acredita? Você é branco ou negro? Pobre ou rico? Ateu ou cristão? Você é preconceituoso ou não? QUEM É VOCÊ?
Somos basicamente resultado de muitos fatores, sejam eles culturais, econômicos, sociais ou outros e é justamente aí que eu queria chegar. O que faz as pessoas pensarem que cada fator desse nos torna melhor ou pior que o outro? O que te faz pensar que você, pessoa rica e bem sucedida, é melhor que o gari que limpa sua rua? E você, evangélico e servo de Deus, você realmente pensa que é melhor que o seu irmão ateu? O que leva uma pessoa a criar tais barreiras em relação ao outro? A cultura? Ou isso tudo é pura obra da ignorância?
Minha carta é destinada à essa sociedade que julga e segrega pessoas baseando-se nas suas preferências, classe social, grau de escolaridade, cor de pele, religião, aparência... Minha carta é destinada à hipocrisia, à ignorância e à intolerância. Ela vai para o pai que acha um absurdo a filha amar uma outra garota mas, que sempre adorou ver duas mulheres se beijando. Vai para a mãe que a-do-ra aquele gay da novela das 9, mas que não suportaria a ideia de ter um filho namorando outro rapaz. Quanta hipocrisia, não? Esta carta vai para quem acha que todo ateu é "perdido". Vai para a loirinha que diz não suportar negros mas mora num país como o Brasil, resultado de uma grande mistura de cores e culturas. Carta que também vai para você, que independente de qualquer fator é IGUAL a mim. Porque você, assim como eu, é um ser humano e só, que precisa ser respeitado, mas que para isso também precisa aprender a respeitar.
Penso que, talvez a sociedade para a qual dedico esta carta não esteja pronta para gente como eu, que se contenta em ver as pessoas apenas como PESSOAS. Você é judeu? Ok, para mim você é um ser humano, tal como eu. É cigano? Gosta de funk? Não sabe ler e nem escrever? Ser humano, ser humano e ser humano, apenas. A ignorância me irrita, a intolerância me enoja e o preconceito me mata, porque eu simplesmente não sei ser condizente com certas coisas. E é justamente por isso que escrevi isto aqui, para mostrar que enquanto de um lado alguns apontam o dedo, de outro pessoas se sentem mal, se excluem e às vezes, até se matam... A verdade é essa. Nessa busca por aceitação, nesse julgamento constante, alguns perecem e eu não sei vocês, mas para mim isso é inaceitável.
Então, querida sociedade, creio que o mínimo que pode fazer é respeitar o seu semelhante. E sei também que posso parecer utópica demais, mas acredito ainda há tempo de se colocar no lugar do outro, de se policiar para não ser estúpido e de ver as pessoas por trás dos rótulos. Venho apenas reivindicar o direito que as pessoas devem ter de serem elas mesmas, será que é pedir muito? Ah, e sociedade, quero que saiba que eu estarei aqui, fazendo a minha parte e esperando que você faça a sua.
Aguardarei ansiosamente por resultados positivos.
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1 comentários:
Eita desabafo. Concordo com cada palavra.
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