quarta-feira, 30 de maio de 2012 1 comentários

"Anna" E O Mar


   Tenho uma paixão estranha pelo mar. E levando em consideração as pouquíssimas vezes em que me mantive em contato com ele, acho que me apaixonei rápido demais. Sentada na areia, respirando fundo e olhando uma das paisagens mais lindas que já vi na vida. O mar é realmente encantador, confortante, acolhedor. Hipnotizante, diria eu.
   Noite passada sonhei com ele de novo. Na verdade, sempre tenho sonhos com o mar, sonhos lindos. Mas o da noite passada superou todos os outros porque você estava nele. Os raios de sol me tocavam ao mesmo tempo que a brisa alcançava meu corpo e o choque de ambas as coisas me proporcionava uma sensação tão gostosa que me deixava em êxtase total. Me levantei, senti meus pés firmes na areia, os grãos entre os dedos, o cabelo voando no rosto e as bordas do vestido chicoteando levemente minhas coxas. Olhei para trás e te vi vindo em minha direção, tão graciosamente que os pés que antes estavam firmes passaram a flutuar, e me vi indo ao seu encontro mesmo com as pernas bambas, saltitantes sobre a areia e depois, um abraço apertado.
   Melhor do que se sentir acolhida pelo mar é estar acolhida entre os braços de alguém que você gosta. E seus braços me envolviam com tanto carinho que me entreguei, me desfaleci no calor do seu corpo. Você me deu um beijo doce, me olhou nos olhos e sorriu pra mim. Nos sentamos para olhar o mar. Juntos! E ele que já era encantador, se tornou mais ainda com você dizendo baixinho em meu ouvido: "Anna, Anna... Por que gostas tanto do mar?" Respondi por impulso: "Gostava do mar porque o achava muito acolhedor, mas isso foi antes. Hoje gosto ainda mais, mas é porque ele faz eu me imaginar perto de você."
   Sonho bom é sonho que te faz "viver" e "ter" o que você tem vontade. E eu... Bem, eu só tenho tido vontade de você.
domingo, 27 de maio de 2012 0 comentários

SHAKE IT OUT!


 "Be my friend, hold me. Wrap me up, unfold me. I am small, I'm needy. Warm me up... And breathe me."


    Eu tenho a chata e quase irritante necessidade de carinho e afeto. Ok, todo mundo necessita de carinho e afeto, mas eu não gostaria de precisar tanto. Eu sou dependente. Tenho tal necessidade porque sou carente e por vezes, muito medrosa também. Talvez (quase com certeza) milhares de pequenas situações tenham me construído assim... O que me faz lembrar de algo que um amigo me disse certa vez e era algo tipo: "Quem somos, o que fazemos e o que queremos são apenas resultados de tudo o que já vivenciamos. Nossa consciência "digere" essas informações e retorna o que consegue captar e reaproveitar de alguma forma para nossa personalidade. Para que façamos uso em algum momento." E às vezes, até coisas que não tiveram tanta importância aos nossos olhos ficam presas na nossa mente, mesmo sem a gente perceber. Enfim... sou medrosa e carente por N motivos. Fim.
    Quantas e quantas foram as vezes em que ao invés de enfrentar meus problemas, eu corri pra algum lugar? Quantas e quantas vezes eu escolhi a opção mais fácil e não a outra? Quantas vezes eu fui covarde? (...) Devo chamar de covardia? Não, acho que não; Afinal, eu não deixei de encarar tudo por não o querer fazer mas por, na verdade, não saber COMO o fazer.
    Mas sinto que agora não tem mais jeito, não posso mais fugir de nada e também não quero ir mais pra baixo da asa de alguém. Ou luto contra meus "problemas" ou eles me afugentam pra sempre. Já descartei a segunda opção, aliás. Então eu vou,  vou ser forte, vou brigar, vou me manter firme e me impor, de cabeça erguida. Porque, como já diz Florence Welch:
"É difícil dançar com um demônio nas costas. Então sacuda-o!"

E eu o sacudirei, tirarei todos os "demônios" de minhas costas para dançar em paz por aí.

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Bailarina


                       "Astronauta, diz pra mim: Cade você? Bailarina não consegue mais viver."



   Como uma bailarina, com pés sempre no chão mas a cabeça lá no alto, vendo o que o mundo inteiro não queria ver. Os pés sustentavam, impediam de cair, davão firmeza e segurança mas ao mesmo tempo impediam de voar. Mas um dia eu me esqueci que tinha pés e descobri que eu não precisava estar sempre vendo tudo de baixo... E voei. Descobri também que na verdade eu sempre pude voar, mas me fizeram acreditar que não, para que eu não fugisse para lugar algum. Os pés estavam ali e eu devia decidir se os usaria para me firmar ao chão ou para me impulsionar em direção ao céu. 
   Tenho que dizer, ver o mundo de cima é incrível. É gostoso flutuar livremente por aí, sem preocupações, leve e livre como um passarinho. Aliás, deve ser por isso que um passarinho que é pego diretamente da natureza para viver em cativeiro geralmente morre ou fica tristonho demais; É porque ele já sentiu essa gostosa sensação de ter o mundo todo para si, para ser explorado por ele como bem entender. O passarinho morre de desgosto por saber que provavelmente nunca mais se sentirá daquele jeito novamente. Afinal de contas, o que é uma gaiola comparada a um céu inteiro?
   E esse é o problema de se voar uma vez: A vontade que dá depois de nunca mais querer voltar ao chão, pois ele é sem graça demais se comparado ao que se tem lá em cima. Pois, bom mesmo é ser passarinho livre.
  Voei quando te encontrei. E não, não quero voltar pro chão.
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                                "É deserto onde eu te encontrei, você me viu passar correndo só."



    Tudo mudou quando você apareceu, surgindo no deserto em que eu me encontrava e me levando de volta pra casa. Eu estava perdida, sozinha e não pensei que isso poderia mudar tão cedo mas, de repente, eis que aparece uma luz para me guiar. A luz era você.
quinta-feira, 24 de maio de 2012 4 comentários

O que eu ganho, o que eu perco


                                             "Now you're just somebody that I used to know."


    A cruel verdade é que o tempo passa e com ele passam algumas coisas. Paixões, dores, medos, anseios, sorrisos e lágrimas, nada é imutável, nada é eterno. E quem era seu amigo, hoje pode não trocar uma palavra sequer com você. E aquela "inimiga" dos tempos de escola, você se lembra? Hoje ela te ouve quando você precisa desabafar. E por que? Porque as pessoas mudam, as situações mudam e os sentimentos também. Lembra daquele namorado que você prometeu amar pra sempre e que hoje nem conversa mais com você? Então, ele também faz parte da teoria de que as coisas mudam SEMPRE, ou pra bem ou pra mal.
   Mas quando algo sai de sua vida, algo vem, é sempre assim. Então é como se, na verdade, tudo fosse aos poucos substituído num ciclo eterno da vida. Se seu amor vai embora, outro amor vem. Claro que, às vezes nós - como bobas pessoas que somos - não conseguimos enxergar o que vem pra substituir porque ainda estamos focados no que já foi e é essa a parte ruim da substituição: nem sempre queremos a "troca". E por que? Porque simplesmente não conseguimos esperar/imaginar que algo completamente novo possa ser melhor do que o que já conhecemos. O velho medo da mudança atacando de novo.
    Às vezes é preciso esquecer o que passou, deixar o novo te envolver. Toda história precisa de um começo, não é verdade? E nenhum novo começo de história deve ser ofuscado pelo fim de outra. Se permita estar livre do que passou e sorria quando o novo vier.

"E se amanhã não for nada disso, caberá só a mim esquecer."
quarta-feira, 23 de maio de 2012 0 comentários

Ops, aconteceu!



                                               Chegou assim, do nada e tomou conta de tudo.

 
E onde havia silêncio, agora ouço doces risadas, inocentes e despreocupadas, tais como risadas de crianças. E onde havia dor, agora não dói mais. E no rosto onde antes escorriam lágrimas de profunda tristeza e desencanto, agora se forma um grande e sincero sorriso. Foi como se num dia, de repente,  aparecessem pequenos botões de rosa naquela velha roseira já murcha. E onde haviam pontos de interrogação, agora existem exclamações.
  Mas o que aconteceu no meio do caminho? Aconteceu tão rápido e de uma forma tão intensa que quase não me aguentei sobre meus pés. O que é isso? Por que eu estou sentindo isso? Como? Ai, que droga! (...) Acho que aconteceu de novo. O estômago que insiste em embrulhar o tempo todo, as mãos que de tão geladas chegam a doer, o coração disparado, o medo de errar e a vontade fazer dar tudo certo. Os olhos cintilam, os lábios tanto teimam em estar sorrindo a todo momento que chega a formigar as maçãs do rosto e a atenção... A atenção fica lá longe.
  E o que eu vou fazer com isso tudo? E se der errado? E se eu me machucar? E se eu amar? E se...? E SE? "Se" é para justificar o seu medo de feliz? "Se" é para dizer o quanto quer algo mas ainda não tem certeza do quão longe pode ir para conseguí-lo? (...) Vou esquecer o "SE", só pra ser feliz. Vou me jogar daqui e ficar na esperança de que haverá alguém lá embaixo pra me segurar.
 
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