quarta-feira, 23 de maio de 2012

Ops, aconteceu!



                                               Chegou assim, do nada e tomou conta de tudo.

 
E onde havia silêncio, agora ouço doces risadas, inocentes e despreocupadas, tais como risadas de crianças. E onde havia dor, agora não dói mais. E no rosto onde antes escorriam lágrimas de profunda tristeza e desencanto, agora se forma um grande e sincero sorriso. Foi como se num dia, de repente,  aparecessem pequenos botões de rosa naquela velha roseira já murcha. E onde haviam pontos de interrogação, agora existem exclamações.
  Mas o que aconteceu no meio do caminho? Aconteceu tão rápido e de uma forma tão intensa que quase não me aguentei sobre meus pés. O que é isso? Por que eu estou sentindo isso? Como? Ai, que droga! (...) Acho que aconteceu de novo. O estômago que insiste em embrulhar o tempo todo, as mãos que de tão geladas chegam a doer, o coração disparado, o medo de errar e a vontade fazer dar tudo certo. Os olhos cintilam, os lábios tanto teimam em estar sorrindo a todo momento que chega a formigar as maçãs do rosto e a atenção... A atenção fica lá longe.
  E o que eu vou fazer com isso tudo? E se der errado? E se eu me machucar? E se eu amar? E se...? E SE? "Se" é para justificar o seu medo de feliz? "Se" é para dizer o quanto quer algo mas ainda não tem certeza do quão longe pode ir para conseguí-lo? (...) Vou esquecer o "SE", só pra ser feliz. Vou me jogar daqui e ficar na esperança de que haverá alguém lá embaixo pra me segurar.

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